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CALVINO COMO CAUSA DO MELHOR DA CULTURA MODERNA - I
Uma celebração internacional do aniversário de 500 anos do nascimento de João Calvino (e 450 anos de aniversário da edição final de sua magistral Institutas da Religião Cristã), começará em 2009. Para aqueles que ouvem pouco, ou primariamente coisas negativas acerca da reforma de Genebra, uma óbvia questão poderia ser “por que”?
Apresento uma breve revisão de dez áreas da cultura que foram incontestavelmente mudadas pela influência de Calvino e seu grupo de seguidores. Ame-o ou odeie-o, Calvino foi um agente de mudança – e esta mudança foi para melhor. A luz que Calvino lançou para a sociedade fez do mundo um lugar fundamentalmente diferente após o trabalho que sua vida começou a ser conhecido.
Alguns, no dia em que foi menos prejudicado, pensaram que as realizações de Calvino foram dramáticas. Escrevendo em meados do século XIX, o professor de Harvard George Bancroft categorizou Calvino entre “os precursores dos legisladores republicanos moderno”, que foi responsável por elevar a cultura de Genebra em “inatacável forte da liberdade popular, a fértil semente da democracia”. Bancroft atribuiu as “livres instituições da América” como sendo derivadas “principalmente do pensamento calvinista por meio do Puritanismo”. Além disso, ele traçou o vivo legado de Calvino entre os peregrinos de Plymouth, os pioneiros huguenotes da Carolina do Sul, e os colonizadores holandeses em Manhattan, concluindo: “quem não honrar a memória e não respeitar a influência de Calvino, sabe muito pouco da memória da liberdade na América.” [1]
O Calvinismo, por tudo que realizou, pode ser mais digno de celebrações internacionais do que qualquer outro movimento. Quando vários movimentos ideológicos através da história são avaliados, o impacto positivo acumulado pelo reformador de Genebra é maior do que Rousseau, Nietzsche, Marx e muitos outros filósofos. Certamente, poucos ministros ou teólogos fizeram maiores contribuições para a mudança política, social ou cultural do que realizou Calvino.
Diligente pensadores e estudiosos da história podem encontrar nos 500 anos do nascimento de Calvino um tempo oportuno para avaliar a correção do surpreendente comentário de C. S. Lewis de que modernos observadores carecem compreender “o frescor, a audácia e a elegância do Calvinismo.” [2] Este é um bom desafio. Além do mais, a elegância a que Lewis se referia pode ser explicado como e o motivo de tão estridentes pensadores anticalvinistas nestes últimos dias – peçonhentos inimigos de Calvino, de fato, como Thomas Jefferson – poderia empregar lemas dos huguenotes calvinistas de antigamente para justificar resistência dos tiranos nas margens da América. Assim, se pesquisadores contemporâneos se mantém em cegueira nos seus estudos sobre o imenso legado de Calvino, mesmo em dias em que o seu legado pode estar em muito maior evidência. Podemos ser perdoados se o nosso objetivo é reabilitar uma imagem que realmente nos fez muito bem.
Há duas espécies de líderes: (1) aqueles que predizem futuras mudanças, e (2) aqueles que mudam futuras predições. O primeiro tipo parece tender e rapidamente reivindica um lugar à frente da mudança, assim, se agarram aquelas inevitáveis mudanças. Que é uma espécie de líder que sente a direção de parar e correr para estar na cabeça da jornada. O segundo tipo – e certamente Calvino foi um destes – observa a trajetória, mas determina o que precisa ser corrigido. Calvino foi um criador de evento que mudou a trajetória e deixou uma larga história ocidental de publicações. Em seguida estão dez breves resumos de algumas mudanças produzidas como um resultado de seu legado. Como você verá, a vida após Calvino foi irrevogavelmente diferente do que era, antes dele.
Se, de fato, o leitor tem uma alta apreciação por Calvino após começar com suas realizações nesta parte, poderá continuar sobre um breve esquema da vida de Calvino, na parte 2, seguidas de homenagens de alguém por esferas inesperadas na parte 3 abaixo.[3]
♥ Educação: a Academia
Calvino rompeu com a pedagogia medieval a qual limitava a educação principalmente para uma elite aristocrática. A sua Academia, fundada em 1559, foi um projeto na educação de ampla base para a cidade. Ainda que os genebrinos tivessem tentado estabelecer uma universidade há dois séculos, somente com o estabelecimento de Calvino que finalmente um colégio teve êxito.[4] Desde a chegada de Calvino, os oficiais da cidade desejavam uma instituição educacional principal, mas em 1536 a maioria dos genebrinos pensavam que esta era uma meta exageradamente ambiciosa. Apesar dos inícios infrutíferos da educação que ocorreu entre a adoção da Reforma por parte de Genebra em 1536 e o regresso de Calvino de seu êxito em Strasbourg em 1541, fica claro que o êxito de estabelecer uma universidade duradoura não aconteceu até que Calvino lançou mão no arado educacional, depois que Genebra se estabeleceu em sua identidade protestante a partir da década de 1550.
A Academia de Calvino, anexa à Catedral de San Pierre, oferecia dois níveis de currículos: uma para a educação pública da juventude de Genebra (o colégio ou schola privata), e o outro, um seminário para o treinamento de ministros (schola publica).[5] Não se deve diminuir o impacto que se deu pela educação pública da juventude, especialmente quando a educação normalmente estava reservada somente para os descendentes da aristocracia, ou membros das sociedades católicas. Iniciada em 1558,[6] com Calvino e Theodore Beza como presidentes da faculdade de teologia, o edifício da Academia foi dedicado em 5 de Junho de 1559, com 600 pessoas presentes na Catedral de San Pierre. Calvino arrecadou dinheiro para a escola e muitos expatriados doaram para ajudar na arrecadação. A escola pública, a qual tinha sete graus, matriculou 280 estudantes em seu ano inaugural, e o seminário da Academia se expandiu a 162 estudantes em apenas três anos. Na morte de Calvino, em 1564, havia 1.200 estudantes no colégio e 300 no seminário. Ambas as escolas, como observam os historiadores, eram gratuitas e “precursoras da educação pública moderna.”[7] Poucas instituições europeias nalgum momento viram um crescimento tão rápido.
Para acomodar a abundância de estudantes, a Academia planejou agregar, no que se tornaria característico da perspectiva calvinista acerca da influência cristã em todas as áreas da vida, departamentos de direito e medicina. Beza pediu oração pelo novo departamento médico tão recente como em 1567, quanto a escola de direito que se estabelecia. Após o massacre do Dia de São Bartolomeu (1572), Francis Hotman e vários outros eminentes eruditos constitucionalistas, ensinaram na escola genebrina de direito. A presença de dois gigantes juristas, Hotman (1573-1578) e Denis Godefroy, dariam à Academia de Calvino uma das mais antigas faculdades de direito na Suíça. A escola de medicina planejada pouco depois da morte de Calvino, não foi frutífera até nos anos de 1.700.[8] A Academia de Calvino se converteu na portadora do estandarte em prol da educação em todos os campos importantes.
Historicamente, a educação, do mesmo modo que qualquer outro fator, fomentou o avanço cultural e político. Uma das contribuições mais duradouras de Calvino, uma que também assegurou a longevidade de muitas das reformas calvinistas, foi o estabelecimento da Academia de Genebra. Através desta Academia, Calvino também triunfou onde outros falharam. É digno de nota que nenhum dos outros reformadores protestantes importantes se atribuiu terem fundado uma universidade que duraria séculos, inclusive se convertendo numa propriedade procurada por alguns surpreendentes pretendentes, como Thomas Jefferson.[9]
♥ O cuidado com os pobres: a bolsa
A maioria das pessoas não associariam Calvino com simpatia aos pobres ou indigentes. Todavia, uma rápida revisão de seu cuidado pelos órfãos, os necessitados e os refugiados desterrados no período de crise, não somente demonstra o contrário, como também provê princípios duradouros para a ajuda social em prol dos realmente necessitados.
Calvino pensou que a compaixão da igreja poderia se expressar de uma melhor maneira através de seus diáconos ordenados, a personificação da caridade privada. O correto para Calvino foi derivar protocolos práticos que cuidassem dos pobres, usando o mecanismo diaconal que Deus havia previsto por meio do ministério de misericórdia da igreja.
O valioso volume histórico de Jeannine Olson, Calvino e o Bem-estar Social: Os Diáconos e a Bolsa Francesa, é um estudo revelador sobre o impacto de Calvino na cultura reformada, enfocando particularmente no efeito duradouro do seu pensamento sobre o bem-estar social através do diaconato da igreja. Em seu tratado, notou que contrário às caricaturas modernas, os reformadores trabalhavam diligentemente para proteger os refugiados e ministrar aos pobres. A Bolsa Francesa se converteu num pilar de bem-estar social em Genebra;[10] de fato, este ministério de misericórdia possivelmente teve quase tanta importância na Europa de Calvino como a sua teologia em outras áreas.
As atividades da Bolsa eram numerosas. Os seus agentes diaconais estavam envolvidos em hospedar órfãos, idosos ou deficientes. Protegeram o enfermo e se ocuparam daqueles que se envolviam com imoralidades. Esta instituição eclesiástica foi precursora das sociedades voluntárias dos séculos XIX e XX no Oeste. Calvino estava tão interessado em ver o diaconato florescer que deixou em seu testamento parte de sua herança familiar para a Escola de Meninos e para os imigrantes pobres.[11]
O projeto inicial era para apaziguar o sofrimento de franceses residentes que, enquanto fugiam da perseguição sectária na França, se estabeleciam em Genebra. Estima-se que só nesta década de 1550 a 1560, aproximadamente 60.000 refugiados passaram por Genebra, um número capaz de produzir bastante preocupação social.
Os diáconos supriram uma ampla categoria de necessidades, não muito diferentes dos estratos de necessidades do bem-estar de nossa sociedade. Proveram subsídio interino e treinamento profissional como necessários; em algumas ocasiões proveram as ferramentas necessárias, ou abastecimento para que aqueles com aptidão física exercessem uma vocação honesta. Dentro de um período de tempo neste trabalho de bem-estar, o diaconato de Calvino descobriu a necessidade de comunicar aos receptores a meta de que eles regressariam ao trabalho tão logo fosse possível. Também se preocuparam por casos de abandono, eles ofereceram apoio aos enfermos terminais, que por sua vez deixaram os seus filhos para que eles lhe dessem suporte, e também incluíram um ministério voltado para as viúvas, que frequentemente tinham filhos dependentes e diversas necessidades.
Naturalmente havia valores teológicos que se entrelaçavam a estas reformas, e estas peculiaridades teológicas conduziam a certos compromissos práticos. A visão de vocação, incapacidade humana, o valor do trabalho, e o papel da igreja como uma rede de segurança social privada determinando como necessidades são satisfeitas. Seria melhor que os líderes modernos percebessem que podem aprender com o passado. Em resumo, encontramos os seguintes princípios da reforma de bem-estar influente de Calvino:
— Era somente para quem estava verdadeiramente em desvantagem.— Condições morais prévias acompanhavam a ajuda.
— A caridade privada ou religiosa, e não a generosidade estatal, eram o veículo para a ajuda.
— Os oficiais ordenados administravam e prestavam contas.
— As bases teológicas eram normativas.
— A busca de uma ética do trabalho produtivo.
— A assistência era temporária.
— A história é valiosa.
Martin Bucer, que era um dos reformadores companheiros de Calvino, chegou a dizer do diaconato que “sem ele não pode existir verdadeira comunhão dos santos.”[12] Num sermão sobre 1Tm 3.8-10, Calvino associou a compaixão da igreja primitiva como a medida de nosso cristianismo: “se queremos ser considerados cristãos e queremos que creiam que há uma igreja entre nós, esta organização deve ser demonstrada e mantida.”[13] Calvino até mesmo acertou retoricamente numa ocasião declarou que “queremos demonstrar que há reforma entre nós? Devemos começar neste ponto, o qual é, que deve existir pastores que se importem com a pureza da doutrina da salvação, mas também, diáconos que cuidem dos pobres.”[14]
♥ Ética e interpretação da Lei Moral: o Decálogo
A interpretação de Calvino dos Dez Mandamentos como pilares éticos foi muito influente através de gerações no desenvolvimento do caráter. Em sua discussão, Calvino insistiu que esta lei moral era necessária; porque, ainda que o homem fosse criado à imagem de Deus, a lei natural somente poderia ajudar indicando a direção correta. Mesmo reconhecendo a consciência como um “monitor”, ainda assim Calvino sabia que a depravação afetava a consciência, e as pessoas estavam “cativas na obscuridade do erro.”[15] Desta forma, a humanidade não foi abandonada somente para a lei natural, para que não se rendesse à arrogância, ambição e um entorpecedor amor próprio. A lei foi dada tanto pela graça como por necessidade. Assim, uma visão positiva fundamentalmente da lei de Deus poderia tornar um distintivo na contribuição ética do calvinismo.
A lei também revela às pessoas o quão indignos são e os leva a desconfiar da capacidade humana. Calvino utilizou com frequência frases como “completa impotência”, e “total incapacidade” para demonstrar o ponto de que as pessoas dependem da revelação de Deus, se elas têm que fazer o bem. A lei é uma “perfeita regra de justiça”, ainda que as nossas mentes naturais não se encontrem inclinadas para a obediência.[16] Calvino notou que a lei está cheia de ramificações, e que não deve ser limitada a aplicações estreitas. Sempre há “mais quanto aos requerimentos e proibições da lei do que se expressa literalmente com palavras”, disse ele. Cada mandamento também exige o oposto. Se não se deve roubar, também é dever proteger a sua propriedade e a de outros. Se não se deve mentir, então, também se deve dizer a verdade, e se não se deve adulterar, então, é dever apoiar a fidelidade conjugal. Calvino pensava que devemos raciocinar a partir do mandamento positivo em relação ao seu oposto da seguinte maneira: “se isto agrada a Deus, o seu oposto lhe desagrada; se aquilo desagrada, o seu oposto agrada; se Deus manda que façamos isto, nos proíbe que façamos o oposto; se nos proíbe aquilo, nos manda que façamos o oposto.”[17] Esta ampla aplicação da lei moral criou a base de uma teoria ética que se divulga no Ocidente daquele tempo, e também exibiu uma sofisticação que nem sempre esteve presente nalgumas teologias.
Calvino cria que a lei tinha muitas funções práticas – convencia como espelho; impedia como uma cerca; e nos ilumina ou desperta para a obediência. Todavia, outro desígnio didático da lei de Deus era guiar e recordar os crentes as normas de Deus.
O comentário de Calvino sobre a sexualidade (quando discutia o sétimo mandamento) abrangia mais de mil palavras nas Institutas, mas era muito profundo. A sua dissertação sobre “não furtarás” é rica em textura, chamando as pessoas não somente a evitar o roubo, como também a “conduzir-se honestamente para preservar o próprio” estado.[18] Este e outros mandamentos formaram a ética protestante do trabalho. De maneira similar, quando se referiu ao alcance interno do mandamento que proíbe o falso testemunho, notou que era “absurdo supor que Deus odeia a enferma língua caluniadora, mas não desaprova a maldade na mente.”[19] Ainda que estas exposições sejam breves, são excelentes e tão dignas de ser consultadas que a maioria das confissões protestantes desde então fizeram justamente isso. Algumas codificações em vários contextos puritanos seguiram a linha de Calvino quanto a necessidade e o uso correto da lei.
Os calvinistas não foram legalistas, mas admiradores das perfeições e da sabedoria da lei de Deus, em que confiavam mais do que neles mesmos. Os seguidores de Calvino sustentavam suas próprias habilidades inatas em tão baixa estima e a lei de Deus em tão alta consideração que se converteram em criadores e partidários do constitucionalismo e a lei como instituições positivas. Ainda, a caridade foi o enfoque da lei e a pureza de consciência foi o resultado.
♥ A Liberdade da Igreja: a Companhia de Pastores
Calvino trabalhou arduamente para permitir que a igreja fosse a igreja, e a cultura se viu impactada por uma igreja robusta e vibrante. Calvino foi exilado de Genebra em menos de dois anos após a sua chegada.[20] A luta foi importante, envolvendo se a igreja e seus ministros poderiam seguir a sua própria consciência e autoridade, ou se a igreja seria entorpecida pelo estado, ou outra interferência hierárquica.
Calvino e William Farel (que respectivamente pastoreavam as igrejas genebrinas de San Pierre e San Gervais) se negaram a oferecer a comunhão aos cidadãos feudais em 1538, para não trazer juízo sobre si mesmos.[21] Em resposta o Concílio da Cidade os exilou por insubordinação, em 18 de Abril de 1538. Todavia, em 1541, imploraram que Calvino retornasse a Genebra.
Quando regressou, em lugar de buscar mais controle para si sobre a igreja, ou em assuntos cívicos, procurou regularizar uma fora republicana de governo eclesiástico. Uma das demandas de Calvino antes de retornar a Genebra, em Setembro de 1541, foi que da mesma área fosse estabelecido um corpo governante colegiado de pastores e presbíteros da igreja. Quando chegou o momento de substituir as estruturas centralizadas ineficazes, em lugar de optar por uma instituição que fortalecesse a sua própria mão, este reformador visionário exerceu pressão a favor de uma autoridade descentralizada presenteando-a com muitos oficiais. Também insistiu que a igreja fosse livre da intervenção pública (a separação de jurisdições, sem desejar a opressão teocrática, também ajudou a solidificar a integridade da igreja), e suas Ordenanças Eclesiásticas de 1541 especificamente requereram tal separação.
A prioridade de Calvino e Farel ao regressar ao seu compromisso em Genebra foi de estabelecer os protocolos nas Ordenanças Eclesiásticas de Calvino, um manual de procedimentos que prescrevia como as igrejas da cidade supervisionaria a moral e os ensinos de seus próprios pastores, sem nenhuma intervenção de outra autoridade. A prioridade que Calvino atribuiu ao seu trabalho demonstra quão importante era para ele que a igreja fosse livre para levar a cabo os seus próprios assuntos, sem o impedimento do estado. A soberania do concílio ministerial (Consistório)[22] para monitorar a fé e a prática da igreja se codificaram nestas Ordenanças de 1541. Logo foram revisadas em 1561, bem antes da morte de Calvino, e proveram procedimentos duradouros para a igreja livre. Obviamente, este arranjo marcou a partida do jugo tradicional de influência política e eclesiástica sob auspícios católico romanos. A inovação genebrina também diferia levemente das práticas da época em Bern e Lausanne, ambas das quais eram protestantes.
Este empenho calvinista é grandemente apreciado nas nações ou regiões onde o governo civil sempre buscou ou, com certa frequência, influenciar a igreja para mudar os seus pontos de vista. Uma igreja livre do controle externo, hierárquico, ou civil foi uma contribuição radical e duradouro que Calvino fez ao mundo moderno. Quando a igreja é eficaz ao promover as suas virtudes dadas por Deus, essa igreja livre é uma influência poderosa para o bem da sociedade.
♥ Leia também: Calvino como causa do melhor da cultura moderna (Parte II)
Notas bibliográficas
[3] David W. Hall explica a estrutura do livro. O texto traduzido é apenas a primeira parte que abrange as páginas 11 a 41. Nota do tradutor.
[4] A recente história desta universidade contém vários esforços abortivos, incluindo um em 1420 sob a autoridade Católica Romana e a tentativa de François de Versonnex em 1429. Veja Marco Marcacci, Histoire de l’universite de Geneve 1558-1986 (Geneve: University of Gevene, 1987), p. 17. Para um histórico anterior da Academia de Genebra, veja também William G. Naphy “The Reformation and the Evolution of Geneva’s Schools”, em Beat A. Kumin, ed., Reformations Old and New: Essays on the socio-economic impact of Religious Change, c. 1470-1630 (London: Scholar Press, 1996), pp. 190-193. Até recentemente, Charles Borgeaud, Histoire de l’universite de Geneve (Geneve, 1900), era o histórico padrão.
[5] E. William Monter, Calvin’s Geneva (New York: John Wiley & Sons, 1967), p. 112. A schola private começa as aulas no outono de 1558, e a schola publica inicia em novembro de 1558. Marccci, Histoire de l’universite de Geneve, p. 17.
[6] Registros públicos de janeiro de 1558, se referem ao estabelecimento da faculdade e suas três cadeiras (teologia, filosofia e grego). As notícias também elogiam a faculdade como digna de receptora da herança que prosseguirá. Veja Henry Martyn Baird, Theodore Beza: The Counselor of the French Reformation, 1519-1605 (New York: G.P. Putnam’s Sons, 1899), p. 104.
[7] Veja Donald R. Kelly, Francois Hotman: A Revolucionary’s Ordeal (Princeton: Princeton University Press, 1973), p. 270.
[8] Baird, Theodore Beza, p. 106, 113.
[9] Para esta intrigante história, veja o meu sumário em The Genevan Reformation and the American Founding (Lanham, MD: Lexington Books, 2003), pp. 2-4. Sou devedor ao Dr James H. Hutson para este fascinante relato que ele apresenta em seu The Sister Republics: Switzerland and the United States from 1776 to the Present (Washington, DC: Library of Congress, 2ª ed., 1992), pp. 68-76.
[10] Jeannine Olson, Calvin and Social Welfare: Deacons and the Bourse Francaise (Cranbury, NJ: Susquehanna University Press, 1989), pp. 11-12.
[11] Citado por Geoffrey Bromiley, “The English Reformers and Diaconate”, Service in Christ (London: Epworth Press, 1966), p. 113.
[12] Basil Hall, “Diaconia in Martin Butzer,” Service in Christ (London: Epworth Press, 1966), p. 94.
[13] John Calvin, Sermons on Timothy and Titus (Edinburgh: Banner of Truth, 1983), in loc.
[14] Ibid., in loc.
[15] Institutas, 2.8.1.
[16] Ibid., 2.8.5.
[17] Ibid., 2.8.8.
[18] Ibid., 2.8.45.
[19] Ibid., 2.8.48.
[20] Henry Heyer, Guillaume Farel: An Introduction to His Theology (Lewiston, NY: The Edwin Mellen Press, 1990, Blair Reynolds, trans.), p. 60.
[21] Arthur David Ainsworth, The Relations between Church and State in the City and Canton of Geneva (Atlanta, GA: The Stein Printing Company, 1965), p. 15. Registra que a agitação começou com um ministro denunciando o governo político do púlpito, o que levou a este exílio.
[22] O primeiro Consistório, em 1542, foi composto de doze presbíteros eleitos anualmente pelos magistrados e nove ministros. O número de ministros tinha crescido para dezenove em 1564. O Consistório reunia-se a cada terça-feira para discutir os assuntos de comum interesse e as disciplinas eclesiásticas. Desde Calvino insistiu em fortalecer esta instituição após o período em Strasbourg, alguns acreditam que ele estava imitando a prática de Bucer. Alister McGrath, A Life of John Calvin: A Study in the Shaping of Western Culture (Oxford: Basil Blackwell, 1990), pp. 111, 113.
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