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Destaques

CRUZ DE CRISTO: MÃO E PODER DE DEUS QUE SOCORREM

“ E da mesma maneira também os príncipes dos  sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus,  escarnecendo, diziam: Salvou os outros, e a si mesmo não  pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e  creremos nele. Confiou em Deus; livre-o agora, se o ama;  porque disse:  Sou Filho de Deus. E o mesmo lhe lançaram  também e m rosto os salteadores que com ele estavam  crucificados.”  — Mt. 27.41-44 Sejamos advertidos e andemos no temor de Deus para que depois de termos provado a sua Palavra possamos recebê-la com reverência e obedeçamos ao nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos é apresentado ali. Porquanto, é também nele verdadeiramente que encontraremos toda a perfeição das virtudes, se nos achegarmos a ele em humildade. Porque se presumirmos e brincarmos com Deus, nossa audácia deve receber tal recompensa, como lemos aqui desses homens miseráveis que foram tão conduzidos por sua fúria. No entanto, devemos tirar algum pr...

✢ COMENTÁRIO DE CALVINO AO EVANGELHO DE JOÃO 1.16

CRISTO, A ABUNDÂNCIA DAS BÊNÇÃOS DE DEUS

João Calvino *

"Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça." — João 1.16

João começa agora a pregar sobre o ofício de Cristo, que contém em si abundância de todas as bênçãos, de modo que parte alguma da salvação deve ser procurada em qualquer outro lugar. De fato, a fonte de vida, justiça, virtude e sabedoria está em Deus, mas para nós se trata de uma fonte secreta e inacessível. Todavia, uma abundância dessas coisas é exibida a nós em Cristo, de modo que nos seja consentido ter refúgio nele, pois ele está pronto para fluir até nós desde que abramos um canal pela fé.

João declara em geral que fora de Cristo não devemos buscar algo de bom, ainda que nessa frase haja muitas cláusulas: Primeiro, ele demonstra que todos estamos inteiramente destituídos e vazios de bênçãos espirituais, pois a abundância que há em Cristo é destinada a suprir nossa deficiência e a satisfazer nossa fome e sede.

Segundo, ele nos alerta que no momento em que nos afastamos de Cristo, é vaidade nociva buscarmos uma única gota de felicidade, porque Deus determinou que tudo o que é bom residirá somente nele. Logo, veremos que anjos e homens ficarão áridos, o Céu vazio, a Terra improdutiva e, em síntese, todas as coisas serão nulas em valor se desejarmos ser participantes dos dons de Deus de qualquer outra forma que não por meio de Cristo.

Terceiro, ele nos garante que não teremos motivos para temer a falta de qualquer coisa, dado que recebemos da plenitude de Cristo, que é, em todos os aspectos, tão completa de modo que a vivenciaremos, de fato, como uma fonte inesgotável.

E João classifica-se com o restante, não por modéstia, mas para deixar ainda mais evidente que homem algum jamais está excluído disso.
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* CALVINO, João. Comentário ao Evangelho de João 1.16.

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