Pular para o conteúdo principal

Destaques

CRUZ DE CRISTO: MÃO E PODER DE DEUS QUE SOCORREM

“ E da mesma maneira também os príncipes dos  sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus,  escarnecendo, diziam: Salvou os outros, e a si mesmo não  pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e  creremos nele. Confiou em Deus; livre-o agora, se o ama;  porque disse:  Sou Filho de Deus. E o mesmo lhe lançaram  também e m rosto os salteadores que com ele estavam  crucificados.”  — Mt. 27.41-44 Sejamos advertidos e andemos no temor de Deus para que depois de termos provado a sua Palavra possamos recebê-la com reverência e obedeçamos ao nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos é apresentado ali. Porquanto, é também nele verdadeiramente que encontraremos toda a perfeição das virtudes, se nos achegarmos a ele em humildade. Porque se presumirmos e brincarmos com Deus, nossa audácia deve receber tal recompensa, como lemos aqui desses homens miseráveis que foram tão conduzidos por sua fúria. No entanto, devemos tirar algum pr...

✢ COMENTÁRIO DE CALVINO AO EVANGELHO DE JOÃO 1.18

CRISTO: A EXPRESSÃO EXATA DE DEUS

João Calvino *

Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou – João 1.18

Certamente, quando Cristo é chamado de expressão exata de Deus (Hb. 1.3), isso se refere ao privilégio peculiar do Novo Testamento. De modo semelhante, o evangelista descreve algo novo e incomum, quando diz que o Deus unigênito, que está no seio do Pai, tornou conhecido para nós o que antes era oculto. João, portanto, magnifica a manifestação de Deus, que nos foi trazida pelo evangelho, em que ele nos distingue dos antepassados e demonstra que somos superiores a eles, como também Paulo explica mais plenamente no terceiro e quarto capítulos da segunda epístola aos Coríntios. Pois argumento que já não há mais véu algum como existia sob a Lei, mas que Deus é abertamente contemplado na face de Cristo.
A visão que Moisés obteve no monte foi marcante e mais excelente do que quase todo o restante. E Deus, entretanto, declara expressamente: “...tu me verás pelas costas, mas a minha face não se verá” (Êx. 33.23). Por essa metáfora, Deus demonstra que o momento para uma revelação plena e clara ainda não chegara. Deve-se também observar que, quando os pais desejavam contemplar Deus, eles sempre voltavam seus olhos para Cristo. Não apenas quero dizer que eles contemplavam Deus em seu Verbo eterno, mas também que participavam com toda a sua mente e todo o seu coração da prometida manifestação de Cristo. Por essa razão descobriremos que Cristo, posteriormente, disse: “Abraão, [...] alegrou-se por ver o meu dia...” (Jo. 8.56). E aquilo que é subordinado não é contraditório!
_________________________________ 

* CALVINO, João. Comentário ao Evangelho de João 1.18.

Comentários

Postagens mais visitadas