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CRUZ DE CRISTO: MÃO E PODER DE DEUS QUE SOCORREM

“ E da mesma maneira também os príncipes dos  sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus,  escarnecendo, diziam: Salvou os outros, e a si mesmo não  pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e  creremos nele. Confiou em Deus; livre-o agora, se o ama;  porque disse:  Sou Filho de Deus. E o mesmo lhe lançaram  também e m rosto os salteadores que com ele estavam  crucificados.”  — Mt. 27.41-44 Sejamos advertidos e andemos no temor de Deus para que depois de termos provado a sua Palavra possamos recebê-la com reverência e obedeçamos ao nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos é apresentado ali. Porquanto, é também nele verdadeiramente que encontraremos toda a perfeição das virtudes, se nos achegarmos a ele em humildade. Porque se presumirmos e brincarmos com Deus, nossa audácia deve receber tal recompensa, como lemos aqui desses homens miseráveis que foram tão conduzidos por sua fúria. No entanto, devemos tirar algum pr...

✢ COMENTÁRIO DE CALVINO AO LIVRO DE PROVÉRBIOS 21.1

TRANSFORMADO PELA MÃO DE DEUS

João Calvino *

“Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o seu querer, o inclina.” – Provérbios 21.1

Sempre que Deus se agrada de abrir caminho para Sua providência, até mesmo em questões externas, Ele curva e dobra as vontades dos homens. Seja qual for sua liberdade de escolha, ainda está sujeita à disposição de Deus. A experiência diária ensina que sua mente depende mais da ação de Deus do que de sua própria liberdade de escolha. O seu julgamento frequentemente falha, e, em questões de pouca dificuldade, sua coragem desfalece. Em outros momentos, em questões da maior obscuridade, o modo de explicá-las rapidamente se expõe, enquanto, em questões momentâneas e de ameaça, sua mente se eleva superior a toda dificuldade. Com esta abordagem interpreto as palavras de Salomão: “O ouvido que ouve e o olho que vê, o Senhor os fez, tanto um como o outro” (Pv. 20.12). Pois parecem, a meu ver, referirem-se não à sua criação, mas à graça peculiar em seu uso. Quando ele diz: “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o seu querer, o inclina” (Pv. 21.1), ele inclui toda a raça em uma classe específica.

Caso qualquer vontade seja livre de sujeição, deve ser uma vontade possuidora de poder magnificente e, de certa forma, exercer domínio sobre outras vontades. Contudo, se está sob a mão de Deus, nossa vontade certamente não pode ser imune a ela. Sobre esse assunto há uma admirável opinião de Agostinho:

“A Escritura, se cuidadosamente examinada, demonstrará não apenas que a boa vontade dos homens se torna boa por Deus, a partir da própria maldade; e quando assim se faz, passam a ser direcionadas a boas ações até a vida eterna. Mas aqueles que conservam os elementos do mundo estão em poder de Deus para os voltar para onde lhe aprouver, e quando lhe aprouver, seja para executar atos de bondade ou, por um julgamento oculto e, entretanto, justo, infligir castigo.”

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* Extraído de: CALVINO, João. Dia a dia com Calvino – Devocional diário. São Paulo: Publicações Pão Diário, 2021.

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