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✢ A CLASSIFICAÇÃO DA ORAÇÃO EM JOÃO CALVINO
J. A. Lucas Guimarães *
Quando Calvino apresenta apenas duas classes de orações, ele simplifica e torna o ato da oração espontânea. Na súplica, existe espaço para a confissão, ao derramar do coração, ao clamor de nossa alma e para expor os desejos de nosso coração. Na ação de graças, existe momento para a adoração, ao louvor e ao reconhecimento dos favores de Deus dispensados a nós. Essa simplificação leva em conta que dificilmente na oração haverá espaço ao formalismo. Na oração, o coração, em sua sinceridade, é que é exposto. Um coração ferido fala de suas feridas como, também, é chamado a enxergar as curas recebidas.
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O chamado é para usarmos continuamente essas duas classes de oração. Nós gememos diante de Deus, mas esse gemido não pode ocultar o reconhecimento de seus favores. Na verdade, gememos diante daquele que, além de ter realizado tanto por nós, é capaz de continuar a sua boa obra em nós.
A súplica é o momento do esvaziar da alma e da ação de graças pelo preenchimento. Na súplica colocamos diante de Deus todos os nossos anseios e deixamos os nossos fardos. A súplica é também chamada de invocação, pois nessa oração convocamos Deus para agir em nossa vida e circunstâncias. É nosso: “Maranata! Vem, Senhor!” Na súplica, oramos com o salmista: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades” (Sl. 57.1).
A ação de graças é a oportunidade de colocarmos diante de nós aquilo que Deus tem feito por nós. Nela nos enchemos de alegria pelos cuidados divinos. Na ação de graças, oramos como o salmista: “São muitas, Senhor, Deus meu, as maravilhas que tens operado e também os teus desígnios para conosco; ninguém há que se possa igualar contigo. Eu quisera anunciá-los e deles falar, mas são mais do que se pode contar” (Sl. 40.5). No centro dessas orações está a convicção de que: “Eu sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim” (Sl. 40.17).
Invocamos a Deus. Pedimos que ele se faça presente com sua misericórdia; venha dissipar nossas tribulações; e seja o nosso castelo forte. Enquanto isso, reconhecemos seus favores! O coração com confiança e gratidão é saúde para a alma!
Referências bibliográficas
[1] CALVINO, 1 Coríntios. 2ª ed. São Paulo: Paracletos, 2003. p. 425.* Texto extraído do livro Desenterrando os tesouros de Deus, do Rev. J. A. Lucas Guimarães.
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