Pular para o conteúdo principal

Destaques

CRUZ DE CRISTO: MÃO E PODER DE DEUS QUE SOCORREM

“ E da mesma maneira também os príncipes dos  sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus,  escarnecendo, diziam: Salvou os outros, e a si mesmo não  pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e  creremos nele. Confiou em Deus; livre-o agora, se o ama;  porque disse:  Sou Filho de Deus. E o mesmo lhe lançaram  também e m rosto os salteadores que com ele estavam  crucificados.”  — Mt. 27.41-44 Sejamos advertidos e andemos no temor de Deus para que depois de termos provado a sua Palavra possamos recebê-la com reverência e obedeçamos ao nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos é apresentado ali. Porquanto, é também nele verdadeiramente que encontraremos toda a perfeição das virtudes, se nos achegarmos a ele em humildade. Porque se presumirmos e brincarmos com Deus, nossa audácia deve receber tal recompensa, como lemos aqui desses homens miseráveis que foram tão conduzidos por sua fúria. No entanto, devemos tirar algum pr...

✢ AMOR AO PRÓXIMO


Espiritualidade Calviniana

João Calvino traz nas Institutas da Religião Cristã, que é seu principal livro, um ensino sobre o amor ao próximo que será de grande proveito para nossa edificação. Ele diz:
“Firmemo-nos, então, neste fato: a nossa vida estará em conformidade com a vontade de Deus e com o que a lei ordena se, em todos os aspectos, for proveitosa para os nossos irmãos. Ao contrário, em toda a lei não se lê nem sequer uma sílaba que ofereça ao homem uma regra sobre o que ele deve fazer ou deixar de fazer em seu próprio proveito. E como é certo que os homens são, por natureza, muito mais propensos a amar a si mesmos do que seria justo, não foi necessário dar-lhes mandamento para inflamá-los mais nesse amor, que já por si vai além da medida. Disso fica evidente que, não o amor a nós mesmos, mas o amor de Deus e ao próximo é que constitui o cumprimento dos mandamentos da lei, e que, portanto, cumpre a lei aquele que vive retamente e o menos possível para si mesmo; por outro lado, conclui-se também que ninguém tem pior vida e mais desordenada que aquele que vive só para si mesmo e que só pensa no seu proveito pessoal.”
E mais:
“Mesmo o Senhor, para mostrar melhor a virtude do amor que devemos ter pelo nosso próximo, remete-nos ao amor de cada um por si mesmo, e o apresenta como regra e modelo. Expressão que devemos considerar cautelosa e diligentemente, porque não devemos entender essa analogia como os sofistas, que achavam que Deus manda cada um amar a si mesmo em primeiro lugar, e depois, o seu próximo. O que na verdade Deus manda é transferir para os outros o amor que temos por nós mesmos. Por isso diz o apóstolo que o amor não procura o seu interesse particular [1 Co. 13:5]. E não tem valor nenhum a razão que alegam, a saber, que a regra precede e é superior àquilo que por ela é regrado. Ora, dizem eles, o nosso Senhor subordina ao amor a nós mesmos o amor ao nosso próximo. O nosso Senhor não faz do nosso amor a nós mesmos uma regra à qual se deve reduzir o amor ao nosso próximo como inferior. Antes, em vez de, por nossa perversidade natural, fixarmos o nosso amor em nós mesmos, ele mostra que é necessário que se expanda e abranja as outras pessoas, a fim de que estejamos dispostos a fazer o bem aos outros como a nós mesmos.”
Ele conclui:
“Portanto, se quisermos andar pelo reto caminho do amor fraterno, não devemos ter os olhos nos homens, pois, na maioria das vezes, observá-los nos levaria a odiá-los, e não amá-los. A Deus é que precisamos observar; e ele nos manda estender o amor que lhe votamos a todos os homens, de tal maneira que sempre tenhamos este fundamento: seja quem for e como for o ser humano, temos que amá-lo, se é verdade que amamos a Deus.”
Eis a verdade. É necessário seguir!

Rev. Lucas Guimarães

Comentários

Postagens mais visitadas